No processo de fertilização in vitro (FIV), cada etapa desempenha um papel importante, desde a estimulação ovariana até a seleção dos embriões. A qualidade dos embriões é um fator determinante para o sucesso da FIV, sendo criteriosamente avaliada antes da transferência para o útero.
Após a coleta dos óvulos e a fertilização no laboratório, os embriões são cultivados em incubadoras por cinco a seis dias, evoluindo do estágio unicelular ao blastocisto, com cerca de 100 a 200 células. Durante esse período, análises microscópicas são realizadas para determinar o potencial de implantação dos embriões.
Essas avaliações ocorrem em momentos-chave: no dia seguinte à fertilização e no terceiro dia após a coleta dos óvulos (D3). Idealmente, um embrião no D3 deve apresentar entre seis a dez células, com pouca ou nenhuma fragmentação citoplasmática.
No estágio de blastocisto, a avaliação dos embriões é feita com base em três critérios principais: a expansão da cavidade, a qualidade da massa celular interna, e a qualidade do trofoectoderma. Um embrião que atinge uma expansão total pode ser classificado como 4AA, indicando alta qualidade. Se o embrião já estiver iniciando o processo de hatching, ele pode ser classificado como 5AA, o que também representa uma excelente chance de implantação no útero. Embriões com classificação 3BB ou superior são considerados de boa qualidade para transferência.
Além dessa classificação procede-se a avaliação, através de biópsia embrionária, da ploidia ( número de cromossomos) para sabermos se é um embrião que possa ser transferido sem risco excessivo de abortamento ou doenças genéticas futuras.
Essas são as análises básicas realizadas em um embrião. Se tiver mais dúvidas sobre esse ou outro assunto relacionado, não hesite em nos procurar na clínica.