A nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) através da Resolução nº 2.333/23 proíbe o uso de esteróides anabolizantes, inclusive testosterona, para fins estéticos, ganho de massa muscular com finalidade de performance ou para melhora de desempenho esportivo.
O que muda para quem faz terapia de reposição hormonal (TRH)? Na prática nada muda para esse grupo de pessoas uma vez que a terapia para reposição não se enquadra nessa resolução. O uso de testosterona, bem como outros esteróides como a oxandrolona e nandrolona tem respaldo cientifico no uso para grandes queimados, portadores de HIV, paciente em processos catabólicos ( como por exemplo câncer), sarcopênicos pela idade ou por doenças consuptivas em que a massa muscular decai muito e pacientes hospitalizados ou imobilizados por longos períodos, entre outras indicações.
O grande problema foi o uso indiscriminado realizado por alguns colegas, associada a uma propaganda que mostrava somente o lado bom do uso de esteróides e que dessa forma acabava por seduzir um publico em geral muito jovem. Muitos profissionais não médicos passaram também a prescrever, de maneira ilegal, hormônios e isso só piorou o cenário.
Os efeitos na performance ninguém pode negar: aumento de massa muscular, perda de gordura, melhora no desempenho esportivo, no bem estar e disposição, bem como na esfera sexual mas há como sempre os efeitos deletérios que precisam ser bem conhecidos, explicados e individualizados.
Os mais comuns são pele oleosa, acne, queda de cabelo, engrossamento de voz e clítoris ( nas mulheres), infertilidade nos homens e aumento da viscosidade sanguínea. O abuso crônico pode levar a outro efeitos piores como lesão hepática, hipertensão arterial, remodelamento cardíaco com com chances de insuficiência cardíaca, arritmias e em casos mais graves, óbito.
A íntegra da resolução encontra-se nesse link no início deste artigo.