O câncer de próstata é o segundo tumor mais presente no sexo masculino e segundo o INCA, instituto nacional de câncer do estado de são paulo, a previsão é de 65.000 novos casos para o próximo ano.
Sendo assim, é um diagnóstico frequente nos consultórios de urologia e muitas vezes a palavra “câncer” pode soar com um atestado de óbito a curto/médio prazo, no entanto, atualmente, com os avanços na medicina, esse medo felizmente pode ser deixado para trás.
Uma vez feito o diagnóstico da doença, a primeira providência é estadiar o tumor: saber se ele é localizado, se está avançando próximo a próstata ou se já está disseminado. Hoje, felizmente, cerca de 80% dos tumores são localizados e por isso contam com um excelente prognóstico.
Feito esse avaliação inicial, é hora de traçar qual será a estratégia de tratamento que dependerá de muitos fatores: idade, status de saúde, doenças associadas, grau de agressividade e extensão do tumor( estadiamento, falado anteriormente) e desejo do paciente.
Juntando todas essas variáveis chegamos a vários possíveis tratamentos:
1- Vigilância ativa: para tumores de baixo grau podemos observar e seguir ativamente a doença, esperando o momento mais oportuno para intervir. Isso preserva a qualidade de vida do paciente.
2- Cirurgia: aberta, video laparoscópica ou mediado por robô, é o tratamento “gold standard” para a doença, com altas chances de cura ( 90-95%). Seu grande contra ponto é o risco de disfunção sexual e incontinência urinaria, para os quais existe tratamento também.
3- Radioterapia: hoje muito moderna e com menor dose possível o suficiente para eliminar o tumor sem maiores efeitos colaterais, é quase comparável a cirurgia, a depender do caso.
4- Hormonioterapia: reservado para casos mais agressivos ou avançados, consegue retardar o avanço da doença, permitindo qualidade de vida.
5- Outros tratamentos: HIFU (Ultrassom focalizado de alta intensidade) fica como uma opção para casos muito selecionados.
Enfim, como se pode ver, apesar do diagnóstico negativo, as possibilidades de tratamento e cura são muito altas, em especial se diagnosticamos precocemente a doença.
E neste ponto que se torna importante a visita rotineira ao urologista, mesmo sem sintoma algum.
É preciso buscar ativamente a doença para iniciar o tratamento o quanto antes.