Quando o homem se depara com uma exame de PSA elevado, sempre aparece a pergunta: estou com câncer de prostata?
A preocupação é pertinente uma vez que essa doença tem uma prevalência global em torno de 17 a 20% na população geral, correspondendo ao segundo tumor mais frequente no homem e sendo previsto cerca de 60.000 novos casos ao ano, segundo o INCA.
No entanto, PSA elevado não é sinônimo de câncer de próstata. Existem outras situações que podem elevar essa proteína, produzida exclusivamente pela glândula próstatica. Infecções de urina ou da própria próstata, sejam de caráter agudo ou crônico, podem elevar substancialmente o PSA, bem como próstatas muito grandes, que é um quadro clínico frequente no homem, em especial após os 50 anos de idade quando o crescimento benigno da próstata ( hiperplasia prostática benigna) se instala.
Outras situações menos frequentes como uso de sondas vesicais, práticas esportivas de alto rendimento como ciclismo e equitação profissional, também podem alterar os níveis de PSA.
O urologista dispõe de uma serie de ferramentas clínicas, laboratoriais e de imagem para tentar minimizar o impacto dessas variáveis no exame e dessa forma fazer um diagnóstico mais preciso do quadro clinico.
É importante consultar o especialista capacitado para que biópsias de próstatas desnecessárias sejam evitadas, procedimento esse que além de riscos clínicos significativos, geram muito estresse aos pacientes.